quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Análise do Discurso, Semiologia, Ciberespaço: problematizações contemporâneas

Renan Belmonte MAZZOLA

Maria do Rosário GREGOLIN

A história da Análise do Discurso, tanto no território francês como no brasileiro, é atravessada pelas reformulações de sua teoria. Nessa história, não só os conceitos foram revisitados, mas também as materialidades que atribuem forma ao principal objeto da AD : o discurso. O olhar que abrange diversas formas materiais sob as quais pululam os discursos permite vislumbrar, como alguém diante de um panorama, como os sentidos estruturam-se e articulam-se. Atualmente, encontramo-nos diante da frequente utilização de enunciados não verbais em trabalhos de AD, e este artigo pretende investigar as teorias e problematizar categorias analíticas que subjazem a tais análises. O debate acerca da existência de categorias analíticas que permitem a descrição e interpretação das materialidades não verbais a partir da teoria discursiva francesa, derivada dos trabalhos de Michel Pêcheux e Michel Foucault, tem se intensificado atualmente devido ao papel que as mídias desempenham na veiculação de informações. Os enunciados que circulam por meio da convergência das mídias têm uma multiplicidade de formas: verbais, não verbais, sonoras etc. Uma possibilidade de abordagem dos sentidos cujas substâncias não são exclusivamente linguísticas se mostra através do diálogo entre a Análise do Discurso e teorias semiológicas. Não se trata de trabalhar com esses dois domínios separadamente, mas de problematizar a natureza dos objetos não verbais que se encontram presentes nos corpora em AD e que têm caráter semiológico.

Fonte: López (2006)

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