segunda-feira, 4 de abril de 2016

O dispositivo escolar republicano na paisagem das cidades brasileiras: enunciados, visibilidades, subjetividades

por Maria do Rosário GREGOLIN 
Universidade Estadual Paulista (UNESP) /CNPQ 


Aula de leitura da ala masculina. Álbum de Photographias da Escola Normal e Annexas de São Paulo – 1908. Fonte: Acervo da Escola Caetano de Campos/CRE Mário Covas


RESUMO: 


Nos primeiros anos da República brasileira, a paisagem das cidades foi alterada pela instalação de prédios escolares suntuosos: inaugurava-se a rede de um dispositivo de saber e de poder (FOUCAULT, 1999) que atendia às exigências históricas de construção da identidade nacional, com base nos ideais positivistas de ordem, progresso, higiene, civilidade etc. A instalação desse dispositivo coincidiu com o início da ampliação dos usos sociais da fotografia no Brasil. Muitas instituições produziram suas imagens fotográficas e fixaram uma memória iconográfica dos espaços escolares e das práticas discursivas desenvolvidas no interior dessa rede de saber e de poder. O objetivo deste artigo é mobilizar o conceito foucaultiano de dispositivo para analisar as curvas de visibilidade e de enunciabilidade, as linhas de força e os jogos de subjetividades como elementos de constituição da escola republicana como um dispositivo que atendeu às urgências políticas de um certo momento da construção identitária do Brasil. 

PALAVRAS-CHAVE: Foucault; dispositivo escolar; subjetivação; prática discursiva; fotografia.

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