Tese| Ecos da modernidade: uma análise do discurso sobre o cinema ambulante em São Luís-MA
Por Marcos Fabio Belo Matos. O trabalho foi desenvolvido sob orientação da Profa. Dra. Maria do Rosário Gregolin.
RESUMO
O estudo aborda o ciclo do cinema ambulante em São Luís, capital do Maranhão, ocorrido entre 1898 e 1909 e que se configurou numa sucessão de espetáculos de aparelhos cinematográficos que se efetivava, quase sempre, no Teatro São Luiz, hoje Teatro Arthur Azevedo, encerrando-se quando da inauguração da primeira sala fixa de cinema (o cinema São Luiz, em 31.11.1909). O referencial teórico-metodológico utilizado é a Análise de Discurso, de linha francesa. O corpus abrange os registros deixados nos jornais Pacotilha, Diário do Maranhão e O Federalista: notas, notícias, crônicas e, principalmente, anúncios publicitários. O objetivo é estabelecer, a partir da AD francesa, de que maneira os aparelhos cinematográficos foram apresentados, discursivamente, como artefatos da modernidade. A hipótese é a de que os jornais acabaram por forjar para esses aparelhos a imagem de ícones de uma modernidade, fortemente vinculada aos artefatos maquínicos que proliferaram, frutos da Revolução Industrial, e que, então, distribuíam-se por todo o país, tendo como ponto de disseminação o Rio de Janeiro. Acredita-se que os enunciados sobre o cinema ambulante têm no seu intradiscurso a marca do interdiscurso da modernidade: o forte tom descritivista do maquinismo encontrado nas notas informativas e opinativas; a presença de muitos superlativos nos textos dos anúncios e das notas sobre os espetáculos; o fato de esses jornais apresentarem os aparelhos sempre eivados de adjetivação; o tom apologético com que os jornais definiram as apresentações dos cinematógrafos. Essa divinização dos cinematógrafos era a lógica do período, em todo o mundo, a julgar pelas análises já realizadas em textos de jornais do Rio de Janeiro e de outras localidades, que noticiam os espetáculos de cinematógrafo durante toda a fase do cinema ambulante, conhecida também como fase de domesticação ou ainda como primeiro cinema.
RESUMO
O estudo aborda o ciclo do cinema ambulante em São Luís, capital do Maranhão, ocorrido entre 1898 e 1909 e que se configurou numa sucessão de espetáculos de aparelhos cinematográficos que se efetivava, quase sempre, no Teatro São Luiz, hoje Teatro Arthur Azevedo, encerrando-se quando da inauguração da primeira sala fixa de cinema (o cinema São Luiz, em 31.11.1909). O referencial teórico-metodológico utilizado é a Análise de Discurso, de linha francesa. O corpus abrange os registros deixados nos jornais Pacotilha, Diário do Maranhão e O Federalista: notas, notícias, crônicas e, principalmente, anúncios publicitários. O objetivo é estabelecer, a partir da AD francesa, de que maneira os aparelhos cinematográficos foram apresentados, discursivamente, como artefatos da modernidade. A hipótese é a de que os jornais acabaram por forjar para esses aparelhos a imagem de ícones de uma modernidade, fortemente vinculada aos artefatos maquínicos que proliferaram, frutos da Revolução Industrial, e que, então, distribuíam-se por todo o país, tendo como ponto de disseminação o Rio de Janeiro. Acredita-se que os enunciados sobre o cinema ambulante têm no seu intradiscurso a marca do interdiscurso da modernidade: o forte tom descritivista do maquinismo encontrado nas notas informativas e opinativas; a presença de muitos superlativos nos textos dos anúncios e das notas sobre os espetáculos; o fato de esses jornais apresentarem os aparelhos sempre eivados de adjetivação; o tom apologético com que os jornais definiram as apresentações dos cinematógrafos. Essa divinização dos cinematógrafos era a lógica do período, em todo o mundo, a julgar pelas análises já realizadas em textos de jornais do Rio de Janeiro e de outras localidades, que noticiam os espetáculos de cinematógrafo durante toda a fase do cinema ambulante, conhecida também como fase de domesticação ou ainda como primeiro cinema.
Palavras – chave: Cinema Ambulante – São Luís – Discurso – Modernidade.
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Sobre o autor:
Licenciado em Lìngua Portuguesa pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão (1997), bacharel em Comunicaçao Social/ Jornalismo pela Universidade Federal do Maranhão (1997), especialista em Língua Portuguesa pela Faculdade Atenas Maranhense (2004), mestre em Comunicaçao e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000) e doutor em Linguistica e Lingua Portuguesa pela UNESP/Campus de Araraquara (2010). Atualmente é professor adjunto III do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão, campus de Imperatriz (CCSST). Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Laboratório de Produção de Texto, Redação Jornalística, atuando principalmente nos seguintes temas: Comunicaçao, Redação, Historia da imprensa, produção de jornais, História do Cinema.