quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Os sentidos na mídia: rastros da história na guerra das cores

por Maria do Rosário Gregolin


Em toda sociedade a produção do discurso é ao mesmo
tempo controlada, selecionada, organizada e
redistribuída por um certo número de procedimentos que
têm por função conjurar seus poderes e perigos, dominar
seu acontecimento aleatório, esquivar sua pesada e
temível materialidade. (Michel Foucault)


Toda língua são rastros de velhos mistérios.
(Guimarães Rosa)

A mídia: heterogeneidades


O encontro entre um leitor e um texto é determinado – em linhas gerais – por dois conjuntos de elementos que possibilitam a compreensão e que atuam simultaneamente para inserir o ato de leitura no processo sócio-histórico de produção de sentidos. De uma parte é necessário reconhecer a forma do conteúdo que, inscrita no texto, configura o sentido em um percurso coerente, legível, interpretável. Ao mesmo tempo, o sentido só se torna legível porque está configurado em uma forma da expressão, em uma materialidade. Assim, a compreensão de um texto é uma atividade de leitura que se movimenta no investimento do sentido nas formas do discurso. Essa materialização, que dá concretude aos valores, às idéias e às paixões de uma sociedade, constitui-se, no discurso, por meio de procedimentos que constroem o gênero, pois a produção e a interpretação de textos pressupõem o conhecimento da heterogeneidade tipológica que é responsável pela produção social do sentido.




# Compartilhar : Facebook Twitter Google+ Linkedin Technorati Digg

Nenhum comentário :

Postar um comentário

Web-série| AD com Michel Foucault

Web-série| AD com Michel Foucault
Primeira temporada