Identidade: objeto ainda não identificado?
por Maria do Rosario Gregolin
Resumo:
Resumo:
A identidade só foi tomada como objeto de investigação quando se transformou em um problema,
afirma Bauman em seu livro Identidade (Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005). Pensando-a do ponto de
vista sociológico, esse autor a entende como busca de pertencimento, fenômeno típico da
modernidade tardia. Essa é uma das possibilidades de pensar os fenômenos identitários; mas há
outras maneiras de encará-lo (pelas vias da psicanálise, da antropologia, da filosofia...) e a
fecundidade do tema tem produzido inúmeros trabalhos, em muitas áreas das Ciências Humanas.
Neste artigo, proponho pensar a identidade como efeito de sentido produzido pela e na linguagem. A
questão central que está na base das discussões é: como tratar a identidade enquanto objeto da
Análise do Discurso? Mais particularmente ainda: em que medida a proposta de análise dos
discursos foucaultiana, centrada nas idéias de “práticas discursivas” e “práticas de si” (com as
conseqüèncias teóricas daí derivadas) pode constituir uma base a partir da qual seja possível a
abordagem discursiva do efeito discursivo chamado “identidade”?
Palavras-chave: Identidades, práticas discursivas; Análise de Discurso; mídia.