quarta-feira, 8 de julho de 2015

Identidade: objeto ainda não identificado?

por Maria do Rosario Gregolin 





Resumo:

A identidade só foi tomada como objeto de investigação quando se transformou em um problema, afirma Bauman em seu livro Identidade (Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005). Pensando-a do ponto de vista sociológico, esse autor a entende como busca de pertencimento, fenômeno típico da modernidade tardia. Essa é uma das possibilidades de pensar os fenômenos identitários; mas há outras maneiras de encará-lo (pelas vias da psicanálise, da antropologia, da filosofia...) e a fecundidade do tema tem produzido inúmeros trabalhos, em muitas áreas das Ciências Humanas. Neste artigo, proponho pensar a identidade como efeito de sentido produzido pela e na linguagem. A questão central que está na base das discussões é: como tratar a identidade enquanto objeto da Análise do Discurso? Mais particularmente ainda: em que medida a proposta de análise dos discursos foucaultiana, centrada nas idéias de “práticas discursivas” e “práticas de si” (com as conseqüèncias teóricas daí derivadas) pode constituir uma base a partir da qual seja possível a abordagem discursiva do efeito discursivo chamado “identidade”? 

Palavras-chave: Identidades, práticas discursivas; Análise de Discurso; mídia.

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